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Luiz Gonzaga Pinto da Gama, mais
conhecido como Luis Gama, rábula, orador, jornalista e escritor, nasceu em
Salvador, em 21 de junho de 1830, sendo seus pais uma mãe negra livre e pai
branco.
Pedro Calmon, em seu livro
“Revolta dos Malês: a insurreição das senzalas”, diz que Luisa Mahin,
mãe de Luis Gama, é a responsável
pelo fracasso do movimento.
Arthur Ramos, afirma
que ela foi uma heroína.
Disse Luis Gama em sua auto-biografia: "Nasci
na cidade de S. Salvador, capital da província da Bahia, em um sobrado da Rua
do Bângala, a 21 de junho de 1830, pelas 7 horas da manhã, e fui batizado, oito
anos depois, na igreja matriz do Sacramento, da cidade de Itaparica"
Vendido como escravo, aos 10 anos,
foi levado para São Paulo onde permaneceu analfabeto até os 17 . Depois conquistou
a liberdade e passou a atuar como rábula, defendendo antigos companheiros de cativeiro.
Aos 29 anos foi considerado “o
maior abolicionista do Brasil”. Além de abolicionista, liderou ferrenha oposição à monarquia.
No curso de sua vida exerceu várias profissões: foi
soldado, copista, amanuense, tipógrafo, jornalista, rábula e funcionário
público. Como jornalista, fundou, em
1864, o jornal “Diabo Coxo”, primeiro periódico ilustrado humorístico da
capital paulista. Em 1866 fundou outro jornal, “Cabrito”, onde fez propaganda da República
e a abolição da escravatura.
Na Loja Maçônica “América”, também
por ele criada, chegou a Venerável
Mestre.
Advogado dos pobres e libertador
de escravos, foi acusado combatido e acusado de ser turbulento Ele se defendeu dizendo:
"a turbulência consistia em eu fazer parte do Partido Liberal; e,
pela imprensa e pelas urnas, pugnar pela vitória de minhas ideias; e promover processos de pessoas
livres criminosamente escravizadas, e auxiliar licitamente, na medida de meus
esforços, alforrias
de escravos, porque detesto o cativeiro e todos os senhores, principalmente os
reis.”
A respeito de Luis Gama. disse
Raul Pompeia: "...não sei que grandeza admirava naquele advogado, a
receber constantemente em casa um mundo de gente faminta de liberdade, uns
escravos humildes, esfarrapados, implorando libertação, como quem pede esmola;
outros mostrando as mãos inflamadas e sangrentas das pancadas que lhes dera um
bárbaro senhor. E Luís Gama os recebia a todos com a sua aspereza afável e
atraente; e a todos satisfazia, praticando as mas angélicas ações, por entre
uma saraivada de grossas pilhérias de velho sargento. Toda essa clientela
miserável saía satisfeita, levando este uma consolação, aquele uma promessa,
outro a liberdade, alguns um conselho fortificante. E Luís Gama fazia tudo:
libertava, consolava, dava conselhos, demandava, sacrificava-se, lutava,
exauria-se no próprio ardor, como uma candeia iluminando à custa da própria
vida as trevas do desespero daquele povo de infelizes, sem auferir uma sobra de
lucro...E, por essa filosofia, empenhava-se de corpo e alma, fazia-se matar
pelo bom...Pobre, muito pobre, deixava para os outros tudo o que lhe vinha das
mãos de algum cliente mais abastado."
Uma frase sua se tornou famosa,
provocando a ira dos escravagistas: "O escravo que mata o
senhor, seja em que circunstância for, mata sempre em legítima defesa".
Luis Gama, “O Apóstolo da
Abolição”, faleceu, vítima de diabetes, nodia 24 de agosto de 1882.
Na porta de sua residência uma enorme multidão
lamentou a sua morte. Colocado no esquife, um escultur moldou o seu rosto. O enterro saiu no dia seguinte, nos brqçow do
povo, em doloroso pranto. Vários discursos foram pronunciados enquanto as
carruagens desfilavam, formando um
imenso corso, pelas ruas da cidade.
Enquanto isso, o carro fúnebre desfilava vazio ...
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