segunda-feira, 27 de outubro de 2014

LUIS GAMA


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Luiz Gonzaga Pinto da Gama, mais conhecido como Luis Gama, rábula, orador, jornalista e escritor, nasceu em Salvador, em 21 de junho de 1830, sendo seus pais uma mãe negra livre e pai branco.
Pedro Calmon, em seu livro “Revolta dos Malês: a insurreição das senzalas”, diz que   Luisa Mahin,  mãe de Luis Gama, é a  responsável pelo  fracasso  do movimento.  Arthur Ramos,  afirma que ela foi uma heroína.
Disse  Luis Gama em sua auto-biografia: "Nasci na cidade de S. Salvador, capital da província da Bahia, em um sobrado da Rua do Bângala, a 21 de junho de 1830, pelas 7 horas da manhã, e fui batizado, oito anos depois, na igreja matriz do Sacramento, da cidade de Itaparica"
Vendido como escravo, aos 10 anos, foi levado para São Paulo onde permaneceu analfabeto até os 17 . Depois conquistou a liberdade e passou a atuar como rábula, defendendo  antigos companheiros de cativeiro.
Aos 29 anos foi considerado “o maior abolicionista do Brasil”. Além de abolicionista, liderou  ferrenha  oposição à monarquia.
No curso de sua vida exerceu várias profissões: foi soldado, copista, amanuense, tipógrafo, jornalista, rábula e funcionário público. Como jornalista,  fundou, em 1864, o jornal “Diabo Coxo”, primeiro periódico ilustrado humorístico da capital paulista. Em 1866 fundou outro  jornal, “Cabrito”, onde fez propaganda da República e a abolição da escravatura.
Na Loja Maçônica “América”, também por ele criada,  chegou a Venerável Mestre.
Advogado dos pobres e libertador de escravos, foi acusado combatido e acusado de ser turbulento  Ele se defendeu dizendo:  "a turbulência consistia em eu fazer parte do Partido Liberal; e, pela imprensa e pelas urnas, pugnar pela vitória de minhas  ideias; e promover processos de pessoas livres criminosamente escravizadas, e auxiliar licitamente, na medida de meus esforços, alforrias de escravos, porque detesto o cativeiro e todos os senhores, principalmente os reis.”
A respeito de Luis Gama. disse Raul Pompeia: "...não sei que grandeza admirava naquele advogado, a receber constantemente em casa um mundo de gente faminta de liberdade, uns escravos humildes, esfarrapados, implorando libertação, como quem pede esmola; outros mostrando as mãos inflamadas e sangrentas das pancadas que lhes dera um bárbaro senhor. E Luís Gama os recebia a todos com a sua aspereza afável e atraente; e a todos satisfazia, praticando as mas angélicas ações, por entre uma saraivada de grossas pilhérias de velho sargento. Toda essa clientela miserável saía satisfeita, levando este uma consolação, aquele uma promessa, outro a liberdade, alguns um conselho fortificante. E Luís Gama fazia tudo: libertava, consolava, dava conselhos, demandava, sacrificava-se, lutava, exauria-se no próprio ardor, como uma candeia iluminando à custa da própria vida as trevas do desespero daquele povo de infelizes, sem auferir uma sobra de lucro...E, por essa filosofia, empenhava-se de corpo e alma, fazia-se matar pelo bom...Pobre, muito pobre, deixava para os outros tudo o que lhe vinha das mãos de algum cliente mais abastado."
Uma frase sua se tornou famosa, provocando  a ira dos  escravagistas: "O escravo que mata o senhor, seja em que circunstância for, mata sempre em legítima defesa".
Luis Gama, “O Apóstolo da Abolição”, faleceu, vítima de diabetes, nodia 24 de agosto de 1882.
Na porta de sua residência uma enorme multidão lamentou a sua morte. Colocado no esquife, um escultur moldou o seu rosto.  O enterro saiu no dia seguinte, nos brqçow do povo, em doloroso pranto. Vários discursos foram pronunciados enquanto as carruagens desfilavam, formando  um imenso corso,  pelas ruas da cidade. Enquanto isso, o carro fúnebre desfilava vazio ...
 



 




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