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Álvaro Pontes Bahia, mais conhecido como Álvaro Bahia, médico
pediatra e professor de medicina, nasceu em Salvador, no dia 17 de dezembro de 1891, sendo seus pais
José Estanislau Bahia e Júlia Pontes Bahia.
Realizou os estudos preparatórios
na capital baiana, após o que se matriculou na Faculdade de Medicina da Bahia,
sendo por ela diplomado em 27 de dezembro de 1913.
A partir de 1915, voltou-se para
às políticas públicas de proteção à infância e, conseqüentemente, à Pediatria e
a Puericultura.
Naquela época, Salvador era uma
cidade provinciana, com aproximadamente quatrocentos mil habitantes. O índice
de mortalidade infantil era altíssimo de: cem crianças nascidas, quarenta
morriam antes de completar um ano de idade.
Esta situação, verdadeiramente
calamitosa, chamou a atenção do Dr. Álvaro
Bahia, assistente do Prof. Martagão
Gesteira, prof. catedrático da Faculdade de Medicina da Bahia.
Assim motivado, Álvaro Bahia inaugurou, em 12
de outubro de 1923, a Liga Bahiana Contra a Mortalidade Infantil que funcionou
inicialmente no andar térreo do Liceu de Artes e Ofícios, na Rua Guedes de Brito. A data da inauguração da Liga, com o passar do
tempo, passou a ser considerada o “Dia da Criança”, em todo o Brasil.
Com a transferência do Prof.
Martagão Gesteira para o Rio de Janeiro, o Dr. Álvaro Bahia assumiu a cátedra
de Clínica Pediátrica, bem como a presidência da Liga.
Em 1956, o Prof. Álvaro Bahia
assumiu, também, a cadeira de Pediatria e Puericultura, na Escola Baiana de
Medicina e Saúde Pública, assim permanecendo até 1964, quando faleceu.
Sua paixão pela pediatria e pela
puericultura transformou Álvaro Bahia em
um batalhador incansável, cuja fama sensibilizou o poder público e a população. Esta luta repercutiu
no exterior. Em 1945, o “Children’s
Bureau” o convidou para visitar hospitais e instituições pediátricas em
Maryland, Missouri, Ilinois, Ohio, Michigan, Baltimore e New York, nos Estados
Unidos..
Após oito meses de permanência naquele
país, Álvaro Bahia regressou à terra
natal com a ideia de construir um
hospital aos moldes norte-americanos, dedicado exclusivamente à assistência
infantil.
A pedra fundamental foi lançada
em 3 de junho e 1946, pelo Ministro Souza Campos, da Educação e Saúde.
A construção levou dezoito anos. Foram dezoito anos de luta, luta
que mobilizou a classe médica, a sociedade baiana e as autoridades de saúde,
nos âmbitos municipal, estadual e federal.
Álvaro Bahia planejou o hospital
em seus mínimos detalhes. A inauguração foi adiada repetidamente porque o
idealizador tinha certeza que, sem a alocação de recursos humanos qualificados,
sua manutenção seria praticamente impossível.
Álvaro Bahia, glória da medicina baiana, faleceu em 8 de
outubro de 1964, aos setenta e dois anos de idade, sem ver o seu hospital
inaugurado.
Disse seu discípulo, Prof.
Eliezer Audífice: “Sonhando, idealizando, planejando, Álvaro Bahia procurou
concretizar seu ideal. Onde havia uma porta a bater ele corria até lá, na
expectativa de ajuda para levar avante essa grande obra. Apelou para
governantes, para nossos representantes nos poderes legislativos federais,
estaduais e municipais, bancos, comércio, classes produtoras, colônia baiana no
Rio, colônias estrangeiras na Bahia, a fim de angariar fundos para a construção.
. Inúmeras foram suas noites de insônia por preocupações com o ideal. Não havia interesse que o fizesse dele
desviar-se. Pouco a pouco se foi afastando da clínica para dedicar-se mais e
mais à sua obra, e mesmo com as forças combalidas pela doença seu ânimo não
arrefeceu. Só se extinguiu com a sua vida. Não foram pequenos os dissabores
sofridos pela incompreensão de alguns, a vaidade de outros, a crítica dos
incapazes e a dúvida dos dúbios”.
Disse mais, o Prof.
Audífice: “Também não lhe faltou a
solidariedade de muitos, como entre outros, a de Wolter Wolthers, cidadão
holandês, presidente da Philips do Brasil e seu vice internacional, a quem a
justiça e o reconhecimento forçaram a citação do nome, numa homenagem póstuma a
quem, não sendo brasileiro, mas contagiado pelo idealismo de Álvaro Bahia,
muito ajudou o “seu hospital”. Não fora ele, grande parte do excelente material
importado ter-se-ia perdido, por não dispor a instituição, muitas vezes,, do
numerário necessário para a compra de câmbio oficial, com o prazo de validade
limitado, conseguido com grande trabalho.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
1- Álvaro Pontes Bahia.
Disponível em http://www.http//paginas.terra.
com.br/esporte/rsssfbrasil/Tables/rgp1970.htm. Acesso em 23 de novembro
de 2008.
2- Álvaro Bahia.Disponível em http://www.smec.salvador.ba.gov.br/escola =dados.php?escola=457. Acessso em 23 de
novembro de 2008.
3- Álvaro Pontes Bahia. Disponível em http://www.cultura.salvador.ba.
Br/mapeamento-cultural-escolasmunicipaisinformações.php?escola=457. Acesso em
23 de novembro de 2008.
4- Benício dos Santos, Itazil
- Itinerário de Ideais e Compromissos.
Empresa Gráfica da Bahia, 1987.
5- Lima, Antônio – Setenta e
cinco anos da Liga Álvaro Bahia Conra a Mortalidade Infantil. Sessão Especial
realizada na Câmara Municipal de Salvador, em 17 de junho de 1998.
6-Tavares-Neto, José – Formados
de 1812 a 2008 pela Faculdade de Medicina da Bahia. Feira de Santana, 2008.
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