CID TEIXEIRA
Cid José Teixeira Calvacante, mais conhecido como Cid Teixeira, nasceu em
Salvador, no dia 11 de novembro de 1924. O prenome de sua mãe era Cidália e o
do seu pai, José. Daí o filho, Cid
José.
Em 1936, ingressou
no Ginásio da Bahia, onde cursou o ginasial e o complementar. Em 1944, ingressou na
Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, pela qual foi diplomado em 1948.
Funcionário do Instituto
Geográfico e Histórico da Bahia desde estudante, dedicou-se ao estudo da História. Copiando documentos, tomou gosto pela pesquisa
e se especializou na história da Bahia e
do seu povo.
Diplomado, não seguiu a
profissão. Fez concurso para a rede estadual de ensino secundário e ingressou
no magistério. Depois, fez livre
docência para a cadeira de História, na
Faculdade de Filosifia e Ciências Humanas. Aprovado, passou a lecionar na UFBa e na Universidade Católica do Salvador.
Colaborou em diversos jornais da capital baiana e foi editor-chefe de um deles, a “Tribuna
da Bahia”.
Em 1986, publicou o livro “A
Bahia em Tempo de Província”. Em seguida, editou outras preciosidades:
“Nordeste Histórico e Monumental”, “História do Petróleo na Bahia”, “História
da Energia Elétrica na Bahia”, “História da Mineração na Bahia”, “Caminhos,
Estradas e Rodovias”, “Historias, Minhas e Alheias”, “Salvador: História
Visual”. Seus co-autores merecem destaque: Kátia e
Marcos Antônio do Prado Valadares, Daniel Rebouças Carvalho e Fernando
Oberlander.
Em 1993, Cid Teixeira entrou
na Academia de Letras da Bahia, onde
ocupa a Cadeira 19. “Na história da
Academia de Letras, diz ele, quem entrou
com menor número de votos fui eu. Eu entrei com um voto só que decidiu o
ingresso. Houve uma campanha contra mim patrocinada por um cidadão mulatíssimo.
Médico baiano mulatíssimo que patrocinou o veto” . A mulatice, diz ele, é rejeitada pelo branco e pelo negro. “Quando o menino nasce mulato, a mãe tem a barriga
suja. Quando o menino nasce dominantemente branco, a mãe tem a barriga limpa. O
pior é o mulato metido a branco”. Defensor
ardoroso da mulatice, declara: “O único
branco puro que eu conheço na Bahia é o cônsul da Suécia. Alguns são, digamos
assim, ostensivamente mulatos, outros disfarçadamente mulatos, mas a maioria é
composta de pardos. Pardos mais evidentes, pardos menos evidentes. Qual é o
engenheiro branco que equivale a Teodoro Sampaio? E ele era negro. Américo
Simas era negro. Arlindo Fragoso era negro. Manoel Querino (escritor e fundador
do Liceu de Artes e Ofícios da Bahia) era negro. Nomes do século 19 que alcançaram relevo,
importância social. Vidal da Cunha era médico e negro”
Reforçando,
esclarece: “Os brancos moravam na Graça
e eram, em geral, decadentes. Donald Pierson (sociólogo americano) inventou a
expressão " brancos da Bahia". "Brancos e pretos na Bahia",
de Donald Pierson, continua sendo o livro fundamental para entender isso. Ele veio dos Estados Unidos, onde só havia preto e
branco. Quando viu na Bahia uma porção de mulatos, pardos, serem tidos e
havidos, inclusive sinceramente, honestamente, se acreditando brancos, ele se
espantou e criou a expressão "branco da Bahia". Um branco específico,
que se considera branco mas não é. A Bahia é uma cidade parda, uma cidade de
uma gradação - quase eu diria degradação - de pardos variados. Eu que estou
aqui falando, tenho guardado comigo o ferro com o qual minha bisavó foi
ferrada. Tenho guardado, está em minha mão. Minha bisavó, escrava, foi ferrada
a fogo porque era negra. E daí entraram brancos pelo meio, coisas variadas
aconteceram, duas famílias, três famílias com o mesmo pai, tudo vai se
resolvendo. Eu estou aqui, pardo, mulato baiano, conversando com você...”
“Cid Teixeira e a história da cidade de
Salvador e da Bahia se confundem, estão na mesma essência” diz José Spínola...
1)
Cid Teixeira (disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Cid
Teixeira. Acesso em 01 de fevereiro de 2013.
2)
Cid Teixeira (disponível em www.academiadeletrasdabahia.org.br/Academicos/Cid.html.
Acesso em o1 de fevereiro de 2013)
3)
Cid Teixeira (disponível em HTTP://terramagazine.terra.com.br/interna/0,014253618-EI6581,00.
Acesso em 01 de fevereiro de 2013),
4)
Cid Teixeira (disponível em HTTP://www.cidteixeira.com.br/
3) http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI4253618-EI6581,00-Cid+Teixeira+O+certo+seria+o+Dia+da+Consciencia+Mulata.html
4)Cid Teixeira-http://www.cidteixeira.com.br/
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