FLORISVALDO MATOS
Florisvaldo Matos, poeta,
jornalista, ensaísta e escritor, nasceu
em Uruçuca, em uma família simples, de pai comerciante e mãe costureira,
no ano de 1920.
Viveu a infância na zona rural de
Itacaré, “solto por campos e matas virgens, aprendendo a amar gente e animais,
sentir a força da natureza, sentindo prazer de montar, caçar, brincar em
cavalos de pau, colher frutos, banhar-se em riachos, viajar de trem-de-ferro,
jogar bola em gramados e quintais” (Jorge Amado).
Fez os estudos primários em sua
cidade natal e o secundário em Ilhéus, Itabuna e Salvador, onde ingressou na
Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia e foi por ela diplomado
em 1958.
Na adolescência, “curtiu festas de clubes, brincou o carnaval,
se descobriu poeta e conheceu Sosígenes Costa”. Namorou o cinema e fez parte do grupo Geração Mapa, liderado por
Glauber Rocha.
Concluído o curso de Direito,
ingressou no jornalismo. Colaborou em vários jornais da capital baiana, como
repórter, chefe de reportagem, redator, editor e editor-chefe. Interessou-se
pelo cinema e participou do grupo
Geração Mapa, liderado por Glauber Rocha.
Formado, não exerceu a profissão.
Optou pelo jornalismo e se fez repórter, chefe de reportagem, editor e
editor-chefe de vários jornais.
Como poeta, “cultivou um lirismo
sempre comedido, trabalhado com extrema propriedade de recursos, sendo
certamente o único na sua geração que transita do lírico para o épico com
absoluta naturalidade, mestre que é nos
dois caminhos poéticos, consciente do poder que tem sobre as palavras” (João Carlos Teixeira Gomes).
Como jornalista, publicou textos, artigos e reportagens em vários jornais e
revistas de circulação estadual e nacional.
Como poeta e ensaísta é um autor sem pedantismo nem preconceito, sem arrodeios nem mistérios,
que produziu, com raro talento, uma
bibliografia variada. De sua lavra
saíram os seguintes livros e ensaios: “Reverdor” (1965), “A Comunicação Social na Revolução dos
Alfaiates” (1974), “Fábula Civil” (1975),
“Dois Poemas para Glauber Rocha” (1985),
“A Caligrafia do Soluço e Poesia
Anterior” (1996), “Estação de Prosa & Diversos” (1997), “Mares Anoitecidos”
(2000), “Galope Amarelo e Outros Poemas” (2001) e “Travessia de Oásis- A Sensualidade na
Poesia de Sosígenes Costa” (2004). Alguns de seus poemas constam de
antologias do Brasil, Portugal e Espanha.
O livro “ Poesia Reunida e
Inéditos”, lançado em 2011, é uma antiga aspiração de amigos e admiradores. “Representa meio século de expressão lírica de
um grande poeta grapiúna, soteropolitano, baiano, brasileiro e universal, um
dos poetas com mais requintes da terra, da coisa rural, e dos mais ligados a seu momento histórico”
(Alexei Bueno). Sua obra poética, dominada
por uma dicção fortemente pessoal, é, ao mesmo tempo, de uma abrangência e de
uma variedade que desconcertam qualquer crítico” (João Carlos Teixeira Gomes).
Sua temática é realmente diversificada: em “Não aos Cavalos Triunfantes”, condena o
horror da Guerra do Vietnã; em “A Edição
Matutina”, e outros poemas, celebra as mortes de Gagárin, Neruda e Glauber Rocha; em “Rimbaud là-bás”, “Verlaine
1891” e “Duas Almas”, rende homenagem a outros poetas; em “Maradona”, homenageia
o futebol e, suas admirávies marinhas, evoca a Guerra
dos Holandeses.
FONTES:
A TARDE NOTÍCIAS (disponível em http://jeitobaiano.atarde.uol.com.br/?p=2780). Acesso em 05 de fevereiro de 2013
POESIA BAIANA (disponível em http://poesiabaiana.com.br/2010/06/perfil-florisvaldo-mattos/). Acesso em 05 de fevereiro de 2013.
FLORISVALDO MATOS E GLAUBER ROCHA
NA DÉCADA DE 1960
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