TATTI MORENO
Octávio de Castro
Moreno Filho, mais conhecido como Tatti Moreno, nasceu em Salvador, no dia 18
de dezembro de 1944.
Sua família tem
intimidade com as artes. A mãe e a irmã são pintoras, pianistas e poetisas e o
irmão é baterista, e parceiro de artistas como Caetano Veloso, Maria Bethânea e
Gilberto Gil.
A vocação
artística de Tatti Moreno despontou aos doze ou treze anos, quando ele, ainda
menino, manipulava sucatas e bonecos de arame. Começou criando símbolos e imagens do culto afro-brasileiro.
Depois, ingressou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia,
onde foi aluno de Mário Cravo Júnior e de outros artistas baianos. O passo
seguinte foi a confecção em latão, aço inoxidável e alumínio.
As criações de Tati Moreno são modeladas em argila e repassadas para o gesso e a madeira.
São fundidas em resina de poliéster, encaixadas e banhadas com
verniz e resina. São esculturas pesadas: algumas, como Oxalá, Xangô, Ogum, Ede, Iemanjá, Iansã, Nanã
e Oxum, chegam a pesar uma
tonelada. O transporte para os locais das exposições, é muito
trabalhoso e duram, às vezes, alguns dias. As peças pequenas, de 15 a 90
centímetros de altura, feitas de latão.
“Tatti Moreno, diz Klintowitz, é um artista erudito que utiliza a cultura
popular como fonte. Sua série de esculturas com o tema “Orixás” é uma saga tecnológica, na qual ele teve de resolver
questões complexas de fundição e adaptação a materiais não convencionais,
cálculos de peso, volume e sistema de flutuação, bem como a logística de
transporte, que exigiu carretas de até 20 metros de comprimento.
Seus orixás são
famosos. “Oxalá, no sincretismo religioso, diz ele, corresponde ao católico
Senhor do Bonfim – é o mais forte dos orixás, representando a pureza e a
dignidade. O branco é sua cor”.
Seus santos e orixás
foram aplaudidos na França, Estados Unidos, Portugal e Holanda e estão
espalhadas pelo Brasil, no Jardim dos Namorados e no Dique do Tororó, em
Salvador; no Centro de Convenções de
Porto Seguro; no Lago Paranoá, em
Brasília e na Estação Tucuruvi do Metrô de São Paulo. As esculturas dos Orixás
flutuantes, no Dique do Tororó, em Salvador, são um cartão postal para a
capital baiana e significam três anos de intenso trabalho de uma equipe de 14
pessoas entre modeladores, carpinteiros e outros artesões)
“Recebo muito
incentivo, que posso simbolizar na pessoa do Heitor Reis do Museu de Arte
Moderna da Bahia, diz ele. Considero, porém, que a escultura poderia ter um
apoio maior, se o formato das premiações mudasse para, em vez de passagens, a
publicação de livros. O que fica da obra é a história escrita !” E mais: “A arte é o estado da criação sublime, onde o
homem tem contato com Deus. É cultura, faz parte do processo evolutivo”.
Atualmente Tatti
Moreno está criando 12 totens fundidos em bronze com dois metros de altura,
representando imagens da cultura popular do Brasil, destinados a uma exposição
itinerante que deve percorrer algumas capitais do país.
FONTES:
1) Cláudio Júnior- Tati Moreno (disponível em http://claudiojjr.wordpress.com/2009/11/24/vidas-e-obras-de-tati-moreno-sante-scaldaferri-e-eliana-kertezs/
3) Blog Demais (disponível em http://oliveiradimas.blogspot.com.br/2012/12/tatti-moreno-faz-escultura-em-homenagem.html)
OS ORIXÁS DO DIQUE DO TORORÓ,
A obra mais espetáculosa de Salvador
ResponderExcluirMelhores artes de tati moreno
ResponderExcluirDe todas as obras que eu já vi as obras de Tatti Moreno é as melhores
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