MESTRE BIGODINHO
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Reinaldo Santana, conhecido como Mestre Bigodinho Mestre
Pequenininho, ou Mestre Gigante, nasceu na comunidade quilombola do Acupe, em
Santo Amaro da Purificação, em 13 de setembro de 1933.
Em 1950, com dezessete anos, se iniciou na Capoeira como aluno de Mestre Cobrinha Verde. Depois,
foi aluno de Mestre Pastinha e de Mestre Bimba.
Começou a ensinar capoeira no Seminário Central e na academia
“Capoeira São Gonçalo”, na Federação.
Foi capoeirista durante toda a vida, com interrupção,
apenas, durante o período em que a capoeira foi perseguida. Neste período, coordenou
o grupo de resistência. Dizia aos seus alunos e admiradores: “Sou do tempo em que a polícia reprimia as
rodas e as ameaçava, gritando “Pare, senão furo o pandeiro e quebro o berimbau”.
Com orgulho, completava: “Hoje, graça a Deus, está diferente”.
Em 1997, incentivado pelo mestre Lua Rasta, retornou ao
convívio dos mestres de capoeira, ingressando na Associação Brasileira de
Capoeira Angola, onde pontificou com seus conhecimentos e sabedoria. Contribuiu, inclusive, para a difusão da capoeira no mundo.
Bigodinho fez parte do grupo folclórico “Viva Bahia”, de
Emília Biancardi. Como compositor consagrado, participou
de várias gravações, em especial de um CD intitulado “Tributo a Mestre Bigodinho”.
Também fez parte do filme “Os Cangaceiros”. Era considerado grande contador de
estórias, seresteiro e apaixonado tocador de violão.
“Prefiro fazer pouco bem feito do que muito, mal feito", dizia ele.
"Capoeira não é valentia: é defesa pessoal. Cada um se defende como pode, na
hora da necessidade”.
Frequentador das “rodas” do Lar das Pombas e de outras
academias de Salvador, se tornou famoso pelo toque conhecido como
“Cinco Salomão”.
Faleceu em Salvador, no dia 5 de abril de 2011.
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