MARQUÊS DE MURITIBA
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Manuel José Vieira Tosta,
primeiro barão, visconde com grandeza e marquês de Muritiba, juiz,
desembargador e político brasileiro, nasceu em Cachoeira, em 12 de julho de
1807, sendo seus pais Manuel Vieira Tosta e Joana Maria da Natividade Tosta.
Concluído o curso de humanidades,
seguiu, em 1824, para a Europa onde se
matriculou no curso de direito da Universidade de Coimbra. No último ano do tirocínio
acadêmico, transferiu-se para a
Faculdade de Direito de São Paulo onde se diplomou em 21 de outubro de 1831.
Formado, foi nomeado Juiz de Fora
do termo de Cabo Frio e Macaé, onde serviu por cerca de dois anos. Ao cabo
deste tempo, foi transferido para a cidade de Cachoeira. Ali, durante a
Sabinada, se portou de modo enérgico e proveitoso, assumindo as funções de
chefe de polícia.
Em 1838, foi eleito deputado pela
Bahia. Foi desembargador em Pernambuco ,
presidente de Sergipe e presidente do Rio Grande do Sul.
Eleito senador, tornou-se,
sucessivamente, ministro da Marinha, da Justiça e da Guerra.
Em 1855, durante a epidemia de
cólera, desempenhou importante papel junto ao governo no sentido de debelar o
flagelo que vitimou milhares de conterrâneos.
Sua esposa, Maria José Velho de
Avelar, foi amiga íntima da princesa Isabel, sendo agraciada com o título de
dama do Paço.
Relata Antônio Loureiro de Souza
que o Marquês de Muritiba foi testemunha do assassinato de Júlia Fetal, (1847).
“Vieira Tosta, diz ele, que se encontrava em casa, vizinha àquela em que
ocorrera a cena, acudiu aos brados lançados pela vítima e pelos de sua família,
chegando em tempo de evitar cometesse Lisboa mais outro crime, na pessoa da mãe
da pobre vítima”.
O senador Manoel José Vieira
Tosta faleceu no Rio de Janeiro, em 22 de fevereiro de 1896, com a avançada
idade de 89 anos.
Havendo ocupado diversos e importantes
cargos na vida pública brasileira, o
Marquês de Muritiba foi, sempre, um dos caracteres mais probos do seu tempo.
Pela cultura, pelo alto descortínio administrativo, pela irrepreensível
conduta, conquistou as graças de D. Pedro II, que lhe confiou, por várias
vezes, a gestão de pastas no seu gabinete e a admiração dos seus contemporâneos
pela maneira por que sempre se houve nesses postos. No parlamento representou o
seu Estado, e ali teve destacada atuação. Como magistrado, foi dos mais
íntegros.” (Antônio Loureiro de Souza).
Pedro Celestino da Silva
acrescenta: “Foi um varão forte e um político que soube aproveitar os exemplos
de abnegação e dedicação à causa da Pátria, que lhe deram os grandes
brasileiros que viu e conheceu na sua mocidade”.
E escravocrata.
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