PIERRE VERGER
Pierre Verger é mais um baiano
nascido em Paris. Nasceu em 4 de novembro de 1902 e viveu como cidadão
abastardo, até os 30 anos de
idade.
Aos 32 anos tomou contato com a arte fotográfica E aprendeu, com seu amigo Pierre Boucher,
as regras da técnica fotográfica.
Com a morte de
sua mãe, única parenta ainda viva, tornou-se um errante solitário.
Durante quatorze anos perambulou
pelo mundo. Fez de Paris seu pondo de apoio (onde, de vez em quando
revia amigos, antropólogos
e outros intelectuais...), visitou vários países em viagens sucessivas. Nessas viagens
trabalhou para as melhores editoras da época, e viveu às custas da arte fotográfica.
Em 1946, Pierre Verger conheceu a Bahia,
visitou candomblés e, encantado por tudo o que viu, aqui permaneceu até a morte.
Seu envolvimento com a
religiosidade africana e com o sincretismo afro-brasileiro, proporcionou, em
1948, uma bolsa de estudo para
a África.
No continente negro entrou em
contato com sacerdotes e autoridades, e se transformou em um grande pesquisador.
Foi
iniciado como babalaô, fez mais de
duas mil fotografias e, atendendo pedido do
Instituto Francês da África Negra (IFAN), escreveu seu primeiro livro.
A partir de então os
hábitos, costumes e religião dos
iorubas, na África Ocidental e na Bahia, passou a ser a temática permanente da sua vida.
Durante muitos anos andou da
África para a Bahia e da Bahia para a África, ampliando seus conhecimentos sobre cultura
afro-brasileira.
Como colaborador e pesquisador
visitante, esteve em várias universidades e, com rara habilidade, transformou
suas pesquisas em artigos e livros.
Em 1960, adquiriu uma casa na
Vila América, um dos bairros mais característicos de Salvador e se "naturalizou baiano".
Em 1970, aos 68 anos de idade,
deixou de fotografar e fez suas ultimas viagens à Africa.
A grande preocupação, a partir
de então, foi disponibilizar suas pesquisas a um número cada vez maior de
interessados. Fiel a este propósito, criou a FUNDAÇÃO PIERRE VERGER e transformou
sua residência em um centro de pesquisa.
Verger faleceu em fevereiro de
1996, deixando para a FUNDAÇÃO PIERRE VERGER a responsabilidade de continuar seus estudos e pesquisas.
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