Arthur Ramos de Araújo Pereira,
mais conhecido como Arthur Ramos,médico psiquiatra, psicólogo social, etnólogo,
folcrorista e antropólogo de renome internacional, nasceu em Pilar, no dia 7 de
julho de 1903, sendo seus pais Manuel Ramos de Araújo Pereira e Ana Ramos.
Muito jovem, com apenas 15 anos
de idade, publicou seu primeiro artigo.
Em 1921, ingressou na Faculdade
de Medicina da Bahia, pela qual foi diplomado em 1926, após defender tese com o
título “Primitivo e Loucura”, de grande repercussão no país e no exterior.
Iniciou sua carreira profissional
como médico legista, oportunidade em que se iniciou nas questões relacionadas com a
cultura afro-brasileira, por meio dos estudos realizados por Raimundo Nina
Rodrigues.
De 1927 a 1930, dedicou-se ao
estudo de etnográfico da vida nos terreiros de candomblé na Bahia, seus ritos e
personagens.
Na medida em que se aprofundou em
suas pesquisas, insurgiu-se contra o pensamento equivocado da época, e as
teorias racistas imperantes na Bahia do seu tempo.
Tornou-se assim um pioneiro na
aplicação da psicanálise no estudo da religiosidade africana.
Em 1933, mudou-se para o Rio de
Janeiro, quando foi nomeado por Anísio Teixeira chefe do “Serviço de Ortofrenia
e Higiene Mental”.
No ano seguinte, publicou “O
Negro Brasileiro” e assumiu a cátedra de Psicologia Social.
A partir de então tornou-se
conhecido como o “o pai da Antroplogia Brasileira”.
Pouco depois foi para os Estados
Unidos onde ensinou e pesquisou nas Universidades de Louisiana, Califórnia,
Harvard e Columbia, ao lado dos cientistas sociais daquele país.
Voltando ao Brasil lutou contra o
“Estado Novo” de Getúlio Vargas, motivo pelo qual foi preso, mais de uma vez.
No final de década de 1940, morou
em Paris, onde foi diretor do
Departamento de Ciências Sociais da UNESCO.
A morte o surpreendeu em Paris,
no dia 31 de outubro de 1949, quando se encontrava no ápice de sua invejável
trajetória.
De sua imensa bibliografia
constam mais de seiscentas obras, livros, ensaios e artigos que são fontes de
estudos para assunto ligados à psicologia, à antropologia e às ciências sociais
de um modo geral (notadamente ao que se refere ao negro, ao índio e ao
folclore).
Na impossibilidade de ralacionar
todas as saus obras, destaco, dentre as mais importantes, as seguintes:
-- Primitivos e Loucura (192
-- Sordice dos Alienados (1928)
-- Estudos de Psicanálise (1931)
-- Os horizontes místicos do negro da Bahia
(1932)
-- Psiquiatria e Psicanálise (1933?)
-- A Técnica da Psicanálise (1933)
-- Freud, Adler,Jung ... Ensaio de Psicanálise (1933).
-- O Negro Brasileiro (1934)
-- Educação e Psicanálise (1934)
-- A Higiene Mental nas Escolas (1935)
-- O Folk-lore Negro no Brasil (1935)
-- Introdução à Psicologia Social (1936)
-- A Mentira Infantil (1937)
-- Loucura e Crime (1937)
-- As Culturas Negras no Novo Mundo (1937)
-- Saúde do Espírito (1939)
-- Pauperismo e Higiene Mental (1939)
-- A Criança Problema (1939)--
-- O Negro Brasileiro (1940/ 2ª. Ed., 2002)
-- A Aculturação Negra no Brasil (1942)
-- Guerra e Ralaçoes da Raça (1943)
-- As Ciências Sociais e os Problemas de
Após-Guerra (1943/1947)
-- Introdução à Antropologia Brasileira, 2v.
(1943/1947)
-- A Organziação Dual entre os ìndios
Brasileiros (1945)
-- Cultura e Ethos (1948)
-- A Renda de Bilros e Sua Aculturação no Brasil
(1948)
Apoós a sua morte, foram
publicadas as seguintes obras:
-- Estudos de Folk-lore (1951)
-- Le Métissage au Brasil (1952)
-- O Negro na Civilização Brasileira (1956)
-- A Mestiçagem no Brasil (20020
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