sábado, 29 de dezembro de 2012

DONA CANÔ


DONA CANÔ






Claudionor Viana Teles Velloso, mais conhecida como Dona Canô, mãe de Caetano Veloso e Maria Bethânia, e mais seis filhos, nasceu em 16 de setembro de 1907, sendo seus pais Anísio César de Oliveira Viana e Júlia Vianna.
De instrução primária, pertencente a uma família humilde, D. Canô se tornou  uma das pessoas mais ilustres de Santo Amaro da Purificação, e da Bahia.
Sua biografia foi publicada pelo historiador Antônio Guerreiro de Freitas e por Arthur Assis Gonçalves da Silva, no livro “Canô Velloso, lembranças do saber viver”.
Extremamente simples, quando interrogada sobre seu prestígio, respondia: “Fiquei conhecida por causa de meus dois filhos que nunca se esqueceram de onde vieram nem da mãe que têm”.
D. Canô se tornou uma figura pública. Suas atitudes e opiniões tinham enorme pristígio. Por ocasião dos festejos de seu centenário, Monsenhor Sadock declarou: “Quando eu pergunto lá fora quem é Canozinha, todo mundo responde que é amãe de Bethânia e Caetano. Pois aqui em Santo Amaro, eles é que são filhos de Canozinha”.
Quando completou 90 anos de idade, o Senador e ex-Governador Antônio Carlos Magalhães, homenageou-a afirmando: “A Bahia se regozija com uma vida a serviço de Santo Amaro e do povo baiano. Dona Canô é símbolo da Bahia, um símbolo que produziu grandes nomes”. O Governador Jaques Wagner, por ocasião do seu centenário, declarou: “A fragilidade do seu corpo contrasta com o gigantismo da sua alma”. Os presidentes Lula e Dilma Rousseff  à matriarca dedicam especial carinho. Por ocasião da última campanha eleitoral  para presidente da República,  Caetano Veloso  decarou que “Marina Silva é inteligente como Obama, não é analfabeta como Lula, que não sabe falar, é cafona falando, grosseiro”. D. Canô reprimiu o filho, dizendo “Lula não merece isso. Quero muito bem a ele. Foi uma ofensa sem necessidade. Caetano não tinha que dizer aquilo”.  Pouco depois, Lula telefonou para D. Canô, ponto um ponto final ao desconforto com as seguintes palavras: “D. Canô, não fique chateada, preocupada, porque gosto muito da senhora e gosto do Caetano também”...
Nâo obstante,  D. Canô sempre repetia: “Tenho amizade com os políticos, mas é amizade, amizade, política à parte” .
D. Canô nunca utilizou  seu prestígio em benefício próprio. Sempre batalhou em benefício da comunidade: lutou pela purificação do Rio Subaé, pela reconstrução da Igreja Matriz e pela reativação do Hospital Nossa Senhora da Natividade. Organizou novenas e festas religiosas, comemorações cívicas e manifestações folclóricas. O cortejo da festa de Nossa Senhora da Purificação, por exemplo, saia de sua casa.
A ilustre baiana, querida e admirada pelo  Brasil, faleceu em sua residência, em Santo Amaro da Purificação, no dia 25 de dezembro de 2012. Pouco antes de morrer,  ao se despedir do amigo Jorge Portugal, disse: “Tô indo pro céu”...
"Fica a lição de amor, de guerreira, uma mãe exemplar. Fica a saudade e a certeza que ela está em um lugar bom. Isso também nos dá um conforto. Bacana ter sido em um dia de Natal, isso é lindo", disse o filho Rodrigo.
 
 
 

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